terça-feira, 5 de abril de 2011

Fazendão e lua cheia

Abaixo, posto a coluna de hoje do Júlio Chiavenato na página A2 do A Cidade, cujo texto eu assino.

"Sempre ouvi dizer que Ribeirão Preto é um fazendão iluminado. Meio jocoso, mas um tanto carinhoso, se considerarmos que fazenda remete a maioria da nossa população a memórias afetivas. No entanto, quando penso que há pelo menos cinco anos uma das principais demandas locais é um aeroporto internacional, que a cidade é pólo regional e ostenta gabarito de excelência em pesquisas médicas internacionais, inevitavelmente tenho de contextualizá-la no século 21. Então saltam incongruências à vista.

As incoerências sobre o Leite Lopes, por exemplo, se arrastam desde o século passado. Já em 1995 o Executivo citava em seu plano diretor que o aeroporto não poderia continuar onde está. E todos sabem o imbróglio que persiste.

A mesma (falta de) iniciativa se abate sobre o sistema viário de Ribeirão que, convenhamos, em alguns pontos nem deveria ser assim classificado. Outro infeliz exemplo é a Baixada, um dos principais entroncamentos do município, por onde chegam clientes de outras cidades e passam “artérias” que ligam a zona Oeste ao restante da cidade. São vias tão tacanhas quanto as ruas de terra de uma fazendona.

Foi justamente nesse local que a população, ontem, viu passar desnorteado o touro que fugira da arena de rodeio clandestina que funcionava na Vila Virgínia desde o fim de 2010, sem a administração municipal, pasmem, saber. E a mesma administração também não soube conduzir o bicho, que zanzou bravio no trânsito caótico de comércio, escolas e residências, como mostra reportagem na A6. É bom nem chamar de fazendão iluminado porque a luz pode falhar. Melhor contar com a lua velha, mesmo." (Simei Morais)

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